Recentes e inéditos de Degaki (1974-2013)
O título da exposição - “Enquanto houver o amanhã/ Creia na Felicidade” - é uma homenagem
Rogério Degaki gostava da interpretação do cantor Akikawa Masafumi dessa música japonesa que possui várias versões. O título da mostra é uma parte da letra que ele costumava cantar nos tradicionais karaokês de São Paulo. O artista era de ascendência nipobrasileira e desenvolveu trabalhos (acima: "Bigode", 2013, isopor, resina plástica, fibra de vidro e pintura automotiva, 55 x 30 x 35 cm) que dialogam com o pop de contemporâneos como Jeff Koons e Takashi Murakami.
Rogério Degaki, Art Nouveau, 2013, isopor, resina plástica, fibra de vidro e pintura automotiva 30 x 30 x 40 cm
Humor e ironia
Nas esculturas de Degaki é visível o exercício de criar objetos que fazem parte do cotidiano com traços de humor e ironia. São trabalhos feitos em isopor, tratados com fibra de vidro, resina plástica e com acabamento final em pintura automotiva. As figuras de cabeça grande e corpo pequeno remetem ao imaginário recente das simulações computadorizadas e da tecnologia 3D.
Rogério Degaki, Pão com manteiga, 2012, isopor, resina plástica, fibra de vidro e pintura automotiva / Foto: Edouard Fraipont
Obras inéditas
Nesta exposição, há obras inéditas do artista e outras foram expostas em exposições como “Five o’clock tea” no Centro Britânico Brasileiro, no ano de 2013, quando ele apresentou a série inspirada em comida. Na época, o artista disse sobre os trabalhos que era “como se o Marcel Duchamp visitasse uma confeitaria”. Também estão obras que foram apresentadas na individual “Your princess is in another castle”, na unidade Ribeirão Preto da Galeria Marcelo Guarnieri, em 2012.
Rogério Degaki, Sem título, 2013, isopor, resina plástica, fibra de vidro e pintura automotiva / Foto: Edouard Fraipont
O artista
Bacharel em Artes Plásticas pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) em 2000, Rogério Degaki construiu rapidamente currículo valioso. Além de individuais, ele participou de exposições coletivas em importantes museus, como o Yerba Buena Center for the Arts - San Francisco (EUA), MOT – Museu de Arte de Tóquio, Museum of Contemporary Art-Hiroshima e Museu de Arte Moderna de São Paulo. O artista trilhava carreira de sucesso quando faleceu, aos 38 anos, vítima de um ataque cardíaco durante uma cirurgia para curar uma infecção por bactéria.
“Enquanto houver o amanhã / Creia na Felicidade”
Abertura dia 18 de fevereiro, às 14h
Término dia 18 de março, às 17h
Galeria Marcelo Guarnieri, São Paulo